Acordaste com o corpo preso, aquela dor chata no ombro voltou ou a lombar insiste em incomodar. E agora? Treinas mesmo assim ou esperas passar? Esta é uma dúvida comum — e legítima. Treinar com dor pode parecer sinal de força, mas também pode ser um risco. Por outro lado, parar sempre que algo dói pode perpetuar o problema.
Neste artigo, vamos entender como distinguir entre dor “aceitável” e dor que merece atenção, com base na ciência e na prática clínica que aplicamos no Awake.
Nem toda dor é sinal de alarme
Sentir dor durante ou após o exercício nem sempre é sinal de lesão. Há dores que indicam esforço muscular (como a conhecida “dor boa” do dia seguinte) e outras que revelam desequilíbrios mais profundos.
O segredo está em identificar:
- Intensidade: se a dor é leve a moderada e não piora com o movimento, pode ser gerida com treino adaptado.
- Duração: se persiste por dias sem melhorar ou agrava com a prática, precisa de avaliação.
- Localização e tipo: dor articular, ardor, formigueiro ou dor aguda merecem atenção imediata.
A dor é um sinal de que algo precisa de ser escutado — mas isso não significa que deves parar tudo.
O que a ciência diz sobre treinar com dor moderada
Estudos recentes indicam que, em muitos casos de dor crónica ou não inflamatória, o movimento controlado é uma parte fundamental da recuperação. A famosa abordagem “rest is rust” (descansar demais enferruja) aplica-se aqui.
O exercício leve a moderado ajuda a:
- Reduzir a sensibilização do sistema nervoso
- Promover circulação e regeneração tecidual
- Reequilibrar padrões de movimento que geram sobrecarga
- Fortalecer músculos de suporte, protegendo a articulação afetada
Mas atenção: este processo deve ser feito com supervisão. No Awake, a combinação entre fisioterapia e treino adaptado permite continuar a movimentar-se com segurança, mesmo com dor leve.
Quando deves parar ou procurar ajuda?
- Dor aguda, súbita ou intensa
- Inchaço visível ou perda de força
- Dor que aumenta durante o treino
- Sintomas associados (febre, formigueiro, instabilidade)
Nestes casos, o ideal é suspender temporariamente a prática e fazer uma avaliação funcional ou fisioterapêutica.
Treinar com dor não é ignorar o corpo — é cuidar dele com consciência
O objetivo não é resistir à dor, mas compreendê-la. Muitas vezes, o treino adaptado — com menos carga, mais mobilidade, menos impacto — é a chave para manter o corpo ativo e em recuperação ao mesmo tempo.
Pessoas como a Helena, que chegou ao Awake com dores lombares recorrentes, não pararam. Mas ajustaram. E hoje treinam sem dor, com força e segurança.
Conclusão
Treinar com dor é possível — mas precisa de critério. A dor moderada e controlada pode ser uma etapa do processo de recuperação. O mais importante é ter acompanhamento, respeitar os sinais do corpo e adaptar a prática ao que ele precisa.
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