Basta o frio chegar e muitas pessoas voltam a queixar-se: “A minha lombar piorou”, “os joelhos estão mais presos”, “acordei com o pescoço todo tenso”. Parece quase automático e, de certa forma, é. O clima afeta diretamente o corpo, especialmente em quem já tem predisposição a dores musculares ou articulares.
Neste artigo, exploramos por que o frio agrava dores em algumas pessoas, o que a ciência revela sobre a sensibilidade sazonal e, claro, o que podes fazer para aliviar esse desconforto no teu dia a dia.

O corpo no frio: o que realmente muda
- Contração muscular involuntária
Com a baixa temperatura, o corpo ativa mecanismos de conservação de calor e isso inclui contrair os músculos para gerar calor interno. O problema é que essa tensão constante, ainda que subtil, pode gerar dor muscular e fadiga. - Menor circulação periférica
O fluxo sanguíneo é desviado para proteger órgãos vitais. Isso reduz a oxigenação nos músculos e articulações, favorecendo rigidez e sensação de peso. - Mudanças na pressão atmosférica
A queda na pressão externa pode causar expansão de tecidos internos, estimulando terminações nervosas sensíveis, o que é especialmente desconfortável em zonas com inflamação pré-existente. - Redução da atividade física
Com o frio, há menos movimento espontâneo, o que gera mais rigidez e piora a dor. A falta de exposição solar também influencia a produção de vitamina D, essencial para a saúde óssea e muscular.
Quem sente mais dores no frio?
- Pessoas com histórico de dores crónicas (lombalgias, cervicalgias, artrite, artrose)
- Indivíduos com tensão muscular acumulada (ombros, cervical, zona torácica)
- Sedentários ou com baixo tónus muscular
- Pessoas sensíveis à variação climática (meteorossensibilidade)
O que a ciência recomenda para aliviar as dores no frio
- Movimento diário leve a moderado
Caminhadas, mobilidade, alongamentos e treinos adaptados mantêm o corpo ativo e a musculatura irrigada. - Terapia térmica local
Usar bolsas de água quente ou packs térmicos nas zonas mais sensíveis relaxa os músculos e melhora a circulação. - Alongamentos conscientes
Foca em libertar zonas como trapézio, lombar, glúteos e cadeia posterior. Respiração profunda durante o alongamento intensifica os benefícios. - Sessões de fisioterapia com foco em mobilidade e liberação miofascial
No Awake, usamos técnicas manuais e funcionais para “descongelar” zonas tensas e restaurar o equilíbrio. - Suplementação orientada
Vitamina D, magnésio e ácidos gordos essenciais (como o ômega-3) podem ser aliados — sempre com acompanhamento profissional.
Exemplo real: menos dor, mais movimento
O Miguel, 44 anos, sofria de rigidez na cervical que piorava todos os invernos. Com sessões semanais de fisioterapia e treinos leves com foco na mobilidade torácica, hoje atravessa o outono e inverno com menos dor, mais autonomia e mais conforto no corpo.

Conclusão
Sentires mais dores no frio não é fraqueza, é biologia. Mas há muito que podes fazer para contrariar essa tendência. Movimento consciente, apoio profissional e pequenas adaptações na tua rotina fazem toda a diferença.
Estás a sentir mais dores nesta mudança de estação?
Talvez estejas na hora de voltar a treinar. Marca já a tua aula experimental totalmente gratuita no Awake.



