Quando o frio chega, o corpo pede mais calor, conforto e saciedade. É nessa altura que recorremos a pratos mais quentes, densos e reconfortantes. Mas será que todas essas escolhas nos dão energia real? Ou algumas apenas geram peso, lentidão e inflamação?
A alimentação térmica é uma abordagem que respeita a estação do ano e a fisiologia do corpo. Em vez de resistir ao frio com saladas frias e smoothies gelados, podemos aquecer de dentro para fora com refeições que nutrem, confortam e mantêm o metabolismo equilibrado.

O que é alimentação térmica?
É a prática de escolher alimentos e preparações que ajudam a manter o calor interno, otimizando a digestão, a circulação e a energia corporal, especialmente durante o outono e inverno. Não se trata apenas da temperatura da comida, mas também das propriedades térmicas dos ingredientes.
Por exemplo:
- Gengibre, canela, curcuma e pimenta aquecem o organismo.
- Sopas, guisados e infusões hidratam e regulam a digestão.
- Alimentos sazonais, como abóbora e batata-doce, sustentam sem pesar.
Por que o corpo pede alimentos quentes no frio?
- A digestão torna-se mais lenta, e alimentos frios exigem mais energia para serem processados.
- O corpo perde mais calor e precisa de manter a temperatura interna estável.
- Há tendência a menor exposição solar, menos vitamina D e maior fadiga (o que aumenta o desejo por conforto alimentar).
O que comer para te manter quente, saciada e leve
- Sopas nutritivas
Base de legumes da estação (cenoura, abóbora, couve), proteína leve (feijão, lentilhas, frango desfiado), especiarias e um fio de azeite.
Fáceis de digerir, saciantes e ricas em micronutrientes. - Pratos únicos em tigela (buddha bowls quentes)
Inclui: arroz integral ou quinoa, vegetais salteados, proteína (ovo, peixe, tofu), molho quente de tahine ou gengibre.
Oferece equilíbrio térmico e nutricional. - Bebidas reconfortantes funcionais
Chá de curcuma e pimenta, golden milk, infusões digestivas (funcho, camomila, gengibre).
Hidratam, estimulam o sistema imunitário e aquecem suavemente. - Snacks mornos e nutritivos
Maçã cozida com canela, mix de nozes levemente torradas, papas de aveia com fruta da época.
Mantêm o foco e a energia sem picos glicémicos.
Evita (ou reduz) no frio:
- Saladas cruas em excesso (sobretudo à noite)
- Laticínios frios e iogurtes gelados
- Bebidas geladas ou com muito gelo
- Excesso de farinhas refinadas que aquecem temporariamente mas drenam energia
Exemplo real: mais energia com comida quente e leve
A Marta, 38 anos, sentia-se sempre “desligada” no outono. Com pequenas trocas, como passar de smoothies frios para papas mornas e incluir sopas ao jantar, notou melhorias na digestão, humor e foco mental.

Conclusão
A alimentação térmica é uma forma inteligente de usar a comida como fonte de equilíbrio no frio. Não se trata de comer mais, mas de comer melhor, respeitando o que o corpo pede e o que a estação oferece. Aquecer-te não significa carregar-te significa cuidar com intenção.
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